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O PSD exige ao Governo e, nomeadamente, ao primeiro-ministro um "esclarecimento urgente" sobre os encontros do presidente da Caixa Geral de Depósitos em Bruxelas quando ainda era quadro do BPI. "As instituições da União Europeia estão a dar mais informações que o Governo e a administração" da Caixa Geral de Depósitos (CGD), afirmou o líder da bancada social-democrata em conferência de imprensa no parlamento, instando o Governo e António Costa a prestar esclarecimentos.
Em causa está a confirmação de quarta-feira da Comissão Europeia de que a entidade se reuniu com o atual presidente da CGD para debater a recapitalização do banco público quando António Domingues ainda não tinha sido nomeado para o cargo e pertencia ainda aos quadros do BPI.
Luís Montenegro receia que Domingues tenha "representado o Estado" português "quando ainda era administrador de um banco privado", e nesse sentido os sociais-democratas pedem que Costa "não se esconda atrás de nenhum álibi para se escapar às suas responsabilidades" nesta matéria.
"Estamos a diminuir a capacidade da CGD e a dar uma demonstração que este Governo não pauta a sua atuação por regras de transparência e mesmo de coragem democrática", assinalou o chefe da bancada do PSD.
De acordo dom Luís Montenegro, “António Costa deve aproveitar todas as oportunidades que tem para falar ao país” para prestar esclarecimentos, e o PSD não põe de lado nesta fase qualquer mecanismo, a nível parlamentar, de pedir mais dados ao Governo.
"Cabe ao primeiro-ministro dar o esclarecimento e avaliar a situação e não há dúvida nenhuma que essa avaliação deve ter consequências", disse ainda Luís Montenegro, questionado sobre as condições para António Domingues e a sua equipa se manterem na Caixa e o ministro das Finanças, Mário Centeno, continuar a tutelar a área.
No dia 23 de novembro, em resposta a uma questão do eurodeputado do PSD José Manuel Fernandes, a comissária europeia para a Concorrência, Margrethe Vestager, salientou que "o novo plano de atividades para a CGD foi apresentado à Comissão pelas autoridades portuguesas, que também consideraram necessário que o então futuro conselho de administração da CGD (que, entretanto, foi nomeado) participasse em algumas das reuniões e fosse informado sobre requisitos em matéria de auxílios estatais." A comissária revelou "ter sido contactada pelas autoridades portuguesas pela primeira vez em abril de 2016" sobre uma nova recapitalização da CGD. António Domingues só a 31 de agosto assumiu funções como presidente da CGD, tendo renunciado ao cargo que mantinha no conselho de administração do BPI em 30 de junho.
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