PSD
Forças políticas que governam são "retrógradas"
04 de Maio de 2016
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O líder do PSD qualifica de "forças retrógradas" os partidos que sustentam o Governo de António Costa, por quererem que o Estado tome conta de todos os setores de atividade. "Há forças retrógradas, que hoje nos governam, que querem fazer regredir a sociedade portuguesa a um debate que achávamos já estar superado", acusou o Pedro Passos Coelho, na Batalha, no distrito de Leiria, na cerimónia de encerramento do 24.º congresso nacional da JSD, que reelegeu Cristóvão Simão Ribeiro como presidente daquela estrutura.
Num discurso de mais de meia hora, o líder social-democrata afirmou "que só uma atitude ideologicamente muito retrógrada é que podia pensar que as pessoas seriam entregues a si próprias sem nenhum enquadramento público, sem solidariedade social, e que o mercado funciona entregue a si próprio". "Em Portugal, ainda há forças retrógradas que acham que os contratos de associação deviam deixar de existir, a não ser nos sítios onde o Estado realmente não tenha capacidade para oferecer equipamentos escolares", sublinhou, dizendo que são "os mesmos que acham que o Estado tem de oferecer equipamentos escolares em todo o lado, mesmo onde já existam".
Insistindo nas críticas aos partidos que asseguram a governação em Portugal, Passos Coelho reiterou que só "alguém manifestamente muito retrógrado podia pensar que a ausência de mercado resolveria os problemas económicos em qualquer sociedade".
Recuando ao ano de 1975, para recordar o processo de nacionalizações, que obrigou o país a "pagar um preço muito elevado, por haver forças políticas que queriam que o Estado tomasse conta de tudo", o presidente do PSD frisou que "o Estado é hoje imprescindível para que a economia funcione com regras".
No entanto, realçou, o Estado ocupa um espaço "que não pode ser confundido com o da iniciativa privada, não pode tomar conta da nossa iniciativa e não pode decidir por nós e nos impor um modelo de vida".
Perante uma plateia com cerca de um milhar de jovens, o líder Passos Coelho deixou a mensagem de que podem contar com um "PSD atrevido, ousado e inconformista". "Somos reformistas e reformadores, ousados e podemos construir um futuro muito melhor que as forças retrógradas que nos governam hoje nos podem prometer", finalizou Passos Coelho, que criticou o arrefecimento da economia e a destruição de 20 mil postos de trabalho entre novembro e maio.
De acordo com o líder do PSD, o futuro é uma noção que deve pautar a ação política, referindo que “a política é o exercício de resolver o presente, respeitar e aprender com o passado e respeitar e libertar o futuro. Nos libertámos o futuro quando fechámos o memorando de entendimento com a troika. Somos mais livres para decidir do que fomos em 2011.”
Insistiu ainda que a “Europa por que lutamos não é uma Europa fechada, é uma Europa de mobilidade, em que todos nos possamos sentir europeus. Queremos uma Europa aberta, cosmopolita, em que os jovens se sintam cidadãos europeus também”. A Europa pela qual lutamos não pode estar condicionada pela demagogia, o populismo e o radicalismo. O líder social-democrata chamou a atenção para o facto de “a Europa precisar de mais jovens e de mais famílias que queiram crescer. Precisa de jovens de fora que ajudem a vencer os desafios atuais”.
Na sexta, dia 29 de abril, o secretário-geral do PSD José Matos Rosa participou na sessão de abertura do 24.º Congresso Nacional da JSD.

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