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"Ainda não ouvimos uma explicação para aquilo que se passou na Caixa"
08 de Dezembro de 2016
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Pedro Passos Coelho exige que o primeiro-ministro dê explicações aos portugueses sobre o que se passou na Caixa Geral de Depósitos (CGD). No debate quinzenal com o primeiro-ministro, na quarta-feira, 7 de dezembro, no parlamento, o presidente e deputado do PSD sublinhou que esta é uma questão importante para a economia portuguesa, para o crescimento das expectativas positivas sobre o emprego e economia, e que por isso urge uma explicação do Governo sobre o que se passou na CGD. “Ainda não ouvi uma simples explicação para aquilo que se passou. Não sabemos até hoje porque António Domingues se demitiu”, disse.
“O país não pode fazer especulações jornalísticas sobre questões magnas e importantes como esta. Tem de ser o Governo, serenamente, a informar os portugueses sobre o que se passou, porque enquanto isso não acontecer não há confiança. Para gerar confiança é preciso dar transparência à explicação”, frisou o deputado.
Perante a informação dada pelo primeiro-ministro de que a administração da CGD se demitiu depois da aprovação, no Parlamento, de uma lei que os obrigava a apresentar as suas declarações de património e rendimento, Passos Coelho afirmou que “há qualquer coisa que não bate certo”, pois essas declarações foram apresentadas pelos administradores.
Passos Coelho exige transparência a António Costa: “Enquanto isso não acontecer não há confiança”.

Descentralização
O líder social-democrata reconhece a validade do tema que o Governo socialista levou ao parlamento e desafiou António Costa a não perder a oportunidade de empreender um bom esforço de descentralização. “Pena que tenha perdido a oportunidade no Orçamento do Estado de viabilizar as propostas do PSD com o mesmo propósito”, criticou.
Passos Coelho referia-se às propostas que o PSD levou ao Parlamento sobre o mesmo tema e que “foram chumbadas liminarmente”, sem merecerem qualquer reflexão. Ainda assim, Passos deixou uma promessa: “Foram várias as propostas e sintomático foi que nenhuma delas tivesse merecido reflexão, discussão, nem qualquer voto de viabilização da maioria que apoia o Governo. Mas nós não somos de amuar e aceitamos que o Parlamento decida chumbar liminarmente a nossas propostas e que, depois, peguem em várias delas e as apresente como suas no ano seguinte. Espero que não se perca uma oportunidade de ouro para que a nova geração de autarcas que temos em Portugal possa lutar por um novo ciclo de desenvolvimento dos seus territórios, de atratividade de investimento, de qualificação dos nossos recursos e de prestação de serviços públicos em áreas sociais relevantes”. Fica a garantia de que o PSD está disposto a debater com o PS propostas de descentralização.

Relatório PISA
A concluir as suas intervenções no debate quinzenal, Pedro Passos Coelho referiu-se aos resultados positivos alcançados por Portugal nos testes PISA. Segundo o social-democrata estes testes “mostram resultados muito importantes alcançados pela comunidade educativa e que não são indiferentes às políticas que foram prosseguidas”. Perante estas melhorias dos nossos alunos, o líder do PSD questionou a António Costa “por que é que o Governo não aguardou pelo resultado da avaliação externa para reverter tantas medidas importantes na política educativa”.

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