PSD
Questões éticas não podem ser tratadas de "forma leviana"
07 de Dezembro de 2016
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O PSD vai iniciar o debate interno sobre a eutanásia, recusando que sejam tomadas decisões sobre a matéria nos corredores do parlamento ou assinados acordos "à socapa". "O que pretendemos é mobilizar a sociedade portuguesa, abrir caminho para uma consciencialização que estas matérias, este tipo de assuntos, não se tratam nos corredores do parlamento, nem em encontros, nem em acordos assinados à socapa", afirmou terça-feira, 6 de dezembro de 2016, o vice-presidente do PSD Marco António Costa.
Falando à imprensa enquanto decorria o conselho nacional, o órgão máximo do PSD entre congressos, Marco António Costa adiantou que a eutanásia é uma matéria que deve envolver a sociedade, sendo importante que cada um possa livremente formular o seu juízo.
"Não estamos disponíveis para promover decisões no âmbito da Assembleia da República sobre matérias como estas da eutanásia sem um amplo debate na sociedade portuguesa", insistiu.
O tema da eutanásia, que chegará à Assembleia da República no próximo ano, foi discutido "sem preconceito", mas com "um grande sentido de responsabilidade", já que é um tema que "socialmente fraturante e, do ponto de vista dos princípios e da ética social, "um tema muito sensível", acrescentou o vice-presidente do PSD.
"Um debate aberto para ouvir os conselheiros nacionais e a partir daqui continuará a ocorrer dentro do PSD debate para ser formada uma opinião o mais sustentada possível sobre esta matéria", disse, recusando que o tema seja tratado de "forma leviana" e que seja tomada uma decisão sem discussão e reflexão.
Nas declarações que fez aos jornalistas, já depois do líder do PSD, Pedro Passos Coelho, e do presidente da bancada social-democrata terem falado aos conselheiros nacionais, Marco António Costa fez questão de destacar as notícias conhecidas esta terça-feira sobre os testes PISA, sublinhando que "comprovam que todo o processo de reformas que o Governo liderado pelo PSD levou a cabo através do ministro Nuno Crato ao longo de quatro anos, foram reformas que trouxeram aos sistema educativo português resultados muito importantes".
"A melhor forma de defender escola pública é torná-la numa escola com qualidade", vincou.
O vice-presidente do PSD deu ainda nota da satisfação com que o PSD conheceu a notícia de que o Governo tinha escolhido Paulo Macedo para presidir à Caixa Geral de Depósitos. "Não deixa de ser curioso que o Governo tenha escolhido o ex-ministro da Saúde do nosso Governo para tratar da saúde da Caixa Geral de Depósitos", ironizou, lamentando tudo o que andou a ser dito de "forma injusta, inapropriada" e até "desavergonhadamente" sobre a ação de Paulo Macedo quando era governante.

Autárquicas 2017
O vice-presidente do PSD aproveitou também a oportunidade para criticar a decisão do Governo de aprovar no Orçamento do Estado medidas que vão coincidir temporalmente com o período eleitoral das autárquicas, como o aumento extraordinário de pensões.
Recomendando algum "pudor democrático" ao Governo, Marco António Costa fez votos para que o executivo socialista "tenha cuidado para garantir a imparcialidade do Estado" durante o processo eleitoral.

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