Nacional
Governo simula concertação social
24 de Novembro de 2016
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O presidente do PSD acusa o Governo de "falsificação" da concertação social ao ter decidido aumentar o salário mínimo nacional à revelia dos parceiros sociais: “Quando diz que vai à concertação social, mas já decidiu [aumentar o salário mínimo] significa falsificação da concertação social, que não vai haver concertação social nenhuma. Estamos a simular a concertação social. Num Governo que sempre andou com os sindicatos na boca e com a concertação social na boca não deixa de ser paradoxal".
Durante uma visita ao evento “Portugal Exportador”, dia 23, no Centro de Congressos de Lisboa, Pedro Passos Coelho recordou que, no passado, quando negociou um aumento do salário mínimo, o fez através de um acordo, "não foi uma simulação de acordo."
De acordo com Passos Coelho, tendo de ser as empresas e os seus ativos a suportar a subida da remuneração mínima, "dificilmente a economia pode sustentar aumentos de salários na casa dos 10 a 15%," como diz estar a ser proposto.
E criticou o "foguetório que para aí vai" nos números divulgados pelo Executivo, argumentando que Portugal está a crescer menos e a criar menos emprego do "que no ano passado quando era primeiro-ministro" e que as "exportações não tiveram significado tão importante como em anos anteriores."
Pedro Passos Coelho sustenta ainda que Portugal "poderia estar a crescer mais, a criar mais emprego, a atrair mais capital para investimento, a tirar maior partido da conjuntura externa", dando para tal os exemplos de Espanha, que disse estar a crescer a um ritmo que é quase o triplo da economia portuguesa, e da Irlanda, que à semelhança de Portugal também esteve sob programa de assistência económica e financeira da “troika”.
Nesses países, recordou, "não há reversões, as medidas estruturais não estão a ser revistas, os acordos com sindicatos para os salários da administração pública estão a ser cumpridos no longo prazo. Só nós aqui é que achamos que há milagres, que se pode reverter o que é estrutural" .
De visita à 11.ª edição da iniciativa “Portugal Exportador”, o líder do PSD considerou "muito reconfortante saber que hoje, apesar de isso não ser a prioridade da política económica do Governo, instituições como a fundação AIP, juntamente com patrocinadores e agentes económicos estão a olhar para aquilo que é importante para Portugal" no domínio da internacionalização da economia.

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