Nacional
Aumento de pensões em janeiro
21 de Novembro de 2016
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O presidente do PSD desafiou o Governo a aumentar as pensões no início do próximo ano, em vez de o fazer em agosto, próximo da realização das eleições autárquicas de 2017. "O Governo que diga quanto é que tem para aumentar as pensões, dentro dos equilíbrios delicados que atingiu. Mas o que quer que tenha para aumentar as pensões abaixo de 628 euros por mês, estamos a falar, portanto, de pensões baixas, que distribua esse dinheiro que tem para o aumento das pensões de uma forma equitativa, para todos, a partir de 01 de janeiro, não é em agosto", afirmou Pedro Passos Coelho, no encerramento da III Academia do Poder Local, domingo, 20 de novembro, na Guarda.
Comentando o anunciado aumento das pensões, o líder do PSD questionou: "Por que é que é em agosto? Daqui até agosto não há dinheiro para pagar? O Estado só vai ter dinheiro para pagar em agosto?".
"Está bem à vista de todos que em agosto estamos na véspera da campanha eleitoral e que o Governo faz contas de cabeça com a sua maioria. Vamos dividir a democracia pelos seus beneficiários. Quantos são os pensionistas, quantos são os servidos do Estado? Podemos-lhes dar mais qualquer coisinha para a eleição? Vamos dar", disse, lembrando que "foi assim em 2009, não é novo".
"O Governo em 2009, do PS, procedeu assim. E infelizmente teve consequências muito mais graves que esperemos que não estejam no nosso horizonte agora, mas como forma de exercer o poder, diz tudo sobre aqueles que tomam estas decisões", rematou.
O presidente do PSD referiu ainda que "é preciso realmente perder todo o sentido da decência democrática para andar a organizar, a preparar benefícios sociais e aumentos para campanha eleitoral".
"Podem fazê-lo, mas fica-lhes mal. Disse ontem [sábado] e repito, eu teria vergonha de ter este comportamento democrático", afirmou.

Quem ocupa lugares públicos deve “defender a dignidade do Estado”
O presidente do PSD frisou também que quem ocupa lugares públicos deve "defender a dignidade do Estado e o respeito pelos portugueses" e que o seu partido não cede a "populismos".
"Hoje nós não poderemos como partido ceder aos populismos, ao facilitismo, à demagogia e ao deixa andar, exigimos responsabilidades e dignidade por parte de quem ocupa lugares públicos", afirmou o líder do PSD.
Para Pedro Passos Coelho "quem ocupa lugares públicos não tem em jogo apenas a representação do seu partido ou do seu eleitorado. Quem exerce lugares públicos no parlamento ou no Governo, ou em qualquer outro lugar, numa empresa pública, numa empresa municipal, quem exerce lugares públicos tem também na forma como os exerce de defender a dignidade do Estado e o respeito pelos portugueses".
O líder do PSD falava após referir que o atual Governo, liderado por António Costa, está "capturado" pela dificuldade em fazer reformas "importantes" e que cabe ao PS dizer que "reformas são essas" e que trabalhará para as preparar.
"Foi esse respeito que nós tivemos sempre, levámos sempre o país a sério e pusemos sempre Portugal à frente de tudo, e achamos que não é pedir de mais que todos os outros que desempenham lugares públicos, tenham também a preocupação de defender o mesmo princípio de dignidade", acrescentou numa intervenção que durou cerca de 43 minutos.
Passos Coelho referiu que os políticos deviam distinguir-se "pelo sentido das políticas, de modo que os portugueses pudessem escolher hoje uma política amanhã outra que considerassem mais adequada", mas que não fossem feitas distinções pela maneira como olham "para a democracia e para a dignidade dos lugares públicos".
O presidente do PSD disse ainda que esta reflexão que fez na Guarda não pode "deixar ninguém de fora": "Nem a opinião pública, nem os comentadores, nem aqueles que exercem funções de Estado".
"E todos, do Presidente da República ao membro da Assembleia de Freguesia, têm a responsabilidade de ver o que se está a passar e de defender a dignidade do Estado, dos lugares públicos e o respeito pelos portugueses", concluiu.
Na mesma sessão, Álvaro Amaro, presidente dos ASD e da Câmara Municipal da Guarda, destacou a importância das eleições autárquicas de 2017 e pediu aos militantes e aos dirigentes do PSD que se concentrem "todos" na batalha eleitoral que se avizinha.
"Deixemos o ruído e concentremo-nos todos", para que o partido alcance a vitória, apelou o autarca no final da Academia dos ASD, realizada entre quinta-feira e domingo, com 70 participantes de todo o país.

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