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Governo pretende “lavar as mãos” da polémica na CGD
14 de Novembro de 2016
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Pedro Passos Coelho acusa o Governo de querer "lavar as mãos" da polémica relativa à recusa dos administradores da Caixa, que se recusam em entregar as declarações de rendimentos ao Tribunal Constitucional. "Foi o Governo e o primeiro-ministro que fizeram a lei e convidaram a administração, não pode agora [António Costa] lavar as mãos e dizer que isso é com a Justiça. Isso é com ele, é com o Governo, não pode ser de outra maneira", defendeu o presidente social-democrata, Pedro Passos Coelho, em declarações aos jornalistas à entrada de um encontro da "Trilateral Commission", que decorreu num hotel de Lisboa, sábado, 12 de novembro.
Passos Coelho considera ser "um bocadinho surreal" que o Executivo queira "lavar as mãos do problema". "Acho que é um bocadinho surreal, para não dizer até eticamente reprovável, que o Governo que fez a escolha da administração, alterou a lei de forma objetiva e consciente, esteja agora a lavar as mãos do problema, como se não tivesse nada a ver com o assunto", argumentou, considerando que "ninguém compreende isso".
O líder do PSD recordou, a propósito, que o Governo disse que "não foi por acaso" que fez um decreto lei que alterou o Estatuto do Gestor Público. "Fê-lo justamente para retirar um conjunto de obrigações desses gestores que todos os outros gestores aceitam", lembrou.
Contudo, o Governo agora quer "lavar as mãos" e remete isso para os tribunais, como se não tivesse sido o próprio executivo a fazer a leis, a convidar os administradores e a dar-lhes indicações sobre o que é que deviam fazer ou não." Acho que é lamentável que isso aconteça, isso revela uma falta de liderança do próprio Governo e uma dificuldade em assumir as responsabilidades daquilo que foi no passado decidido", salientou.
Admitindo já estar "cansado" de comentar a polémica levantada pela recusa dos administradores da Caixa em entregarem as suas declarações de rendimentos e da situação já ser até "um bocadinho penosa", Passos Coelho lamentou a ausência de uma "clarificação": "E não digo isso porque hoje estou na oposição, quando fui primeiro-ministro as regras eram claras e eram cumpridas, não percebo porque é que agora não são".

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