PSD
Governo está a travar investimentos rodoviários no distrito do Porto
10 de Novembro de 2016
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A distrital do PSD/Porto acusou o Governo de “travar investimentos” em infraestruturas rodoviárias “essenciais” para os concelhos da Maia, Trofa, Famalicão, Penafiel e Marco de Canaveses, todos liderados por sociais-democratas, numa “decisão irresponsável” e “eleitoralista”.
“O PS está a tentar ganhar as eleições autárquicas na secretaria. O Governo está a travar estes investimentos pois estamos a falar de concelhos liderados pelo PSD. Está descaradamente a fazer campanha política, tentando influenciar as eleições autárquicas, prejudicando claramente estes concelhos, as empresas e as pessoas da região”, afirmou Bragança Fernandes, líder da distrital do PSD.
Em conferência de imprensa, dia 10, o também presidente da Câmara da Maia explicou estar em causa o anúncio do ministro do Planeamento sobre a revogação das obras de construção da variante à EN14, do IC35 e da EN211, num valor global de cerca de 38 milhões de euros. “Estes problemas não são de falta de dinheiro. Estamos perante uma questão política”, frisou Bragança Fernandes. “Se o ministro vai parar estas obras com financiamento assegurado, o que vai fazer a este dinheiro? Será que vai servir para fazer obras em concelhos socialistas?”, questionou.
De acordo com Bragança Fernandes, o PSD vai “esperar que o primeiro-ministro revogue a decisão”.
Bragança Fernandes alertou que a EN14 é “o principal eixo exportador de toda a região Norte”, mas está “assente numa via completamente esgotada, insegura e intransitável”.
“Demora-se mais de uma hora para percorrer os 12 quilómetros desde o nó do Jumbo, na Maia, até à Trofa, pela atual EN14”, acrescentou.
De acordo com o autarca, “a variante à EN211 é uma questão de justiça com o interior do distrito e uma questão de segurança, retirando o trânsito dos centros urbanos”.
“Relativamente ao IC35, estamos a falar de uma via importantíssima para a indústria do granito”, disse.
O presidente da câmara de Penafiel, Antonino Sousa, explicou que o IC35 serviria, também, de “alternativa à EN106, uma das vias mais pressionadas e acidentadas do país”.
Manuel Moreira, presidente da Câmara do Marco de Canaveses, lembrou que o IC35 “está prometido desde a queda da ponte de Entre-os-Rios [março 2001]”.
Segundo Bragança Fernandes, no caso da variante à EN14, “o concurso público de construção entre o nó do Jumbo e o interface da Trofa está em fase de avaliação de propostas”.
“Sabemos que a Infraestruturas de Portugal já iniciou processo de expropriações. Se as empresas públicas, quando lançam concursos, têm de ter verbas cativas, o que vai o ministro fazer com o dinheiro destas obras com financiamento assegurado?”, questionou.
Bragança Fernandes lamenta que “para o Norte”, existam “desculpas esfarrapadas”.
“Exemplo desta pouca vergonha também é o caso do metro. Para o Metro do Porto não há dinheiro, mas para o de Lisboa já há”, afirmou.
Por isso, sublinhou, “é extremamente importante a regionalização, para acabarmos com estas injustiças”.

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