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Cenário macroeconómico está desfasado da realidade
31 de Outubro de 2016
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O líder do PSD saudou o compromisso do Governo com a redução do défice, mas teme que o cenário traçado possa não ter correspondência com a realidade. "De um modo geral parece-nos bem que haja um comprometimento, que haja redução do défice público, isso significa menores responsabilidades para futuro e, portanto, é bom", afirmou o presidente social-democrata, em declarações no final de um encontro com a UGT, que se realizou na sede na central sindical e se prolongou por quase duas horas, sexta-feira, 28 de outubro.
Pedro Passos Coelho criticou ainda a ausência de uma estratégia económica clara na proposta do Governo de OE para 2017, notando que é apresentada uma visão de crescimento menor do que a que existiu em 2015.
"Gostávamos que o investimento pudesse crescer de uma forma mais acentuada, gostaríamos que a confiança sobre a economia portuguesa fosse maior e isso teria de implicar um conjunto de medidas de aspetos estruturantes do próprio OE que alimentassem essa crença de que a economia está capaz de crescer muito mais e poder gerar muito mais emprego", disse, lamentando que o OE para 2017 não apresente essa estratégia.
Sobre a restituição de rendimentos, o líder do PSD admitiu estar preocupado com o facto de, "contas bem feitas", afinal possa ficar "longe daquilo que é a expetativa das pessoas".
"O Governo, de certa maneira, com a restituição de rendimentos, com a atualização de pensões quer dar a ideia de que as pessoas vão ficar melhor com esses rendimentos", referiu.
Contudo, quando o cenário que se antecipa para o próximo ano é de mais inflação, isso irá "comer um bocadinho aquilo que são os aumentos e as atualizações que se fazem, sobretudo quando essas atualizações são feitas abaixo da inflação".
"Portanto, feitas as contas pode-se estar numa primeira fase a dar mais, mas depois as pessoas vão pagar mais impostos indiretos, depois a inflação vai comer uma parte desses rendimentos", sustentou.
Sobre o encontro com dirigentes da UGT, Passos Coelho, que no início da semana passada anunciou que iria reunir-se com os parceiros sociais antes de apresentar propostas de alteração ao Orçamento do Estado (OE) para 2017, disse ter-se tratado de uma troca de impressões "bastante positiva".
Também em declarações aos jornalistas no final do encontro com o líder do PSD, o secretário-geral da UGT, Carlos Silva, apontou os principais objetivos da central sindical, nomeadamente "o desbravamento da carga fiscal" sobre os salários e o aumento de todas as pensões.
Reconhecendo que o PSD tem uma posição "muito prudente" e que o partido defende a manutenção de um conjunto de situações, Carlos Silva insistiu na necessidade de "desagravar a austeridade".

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