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"Desgraça é herdar um pedido de resgate"
16 de Outubro de 2016
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O presidente do PSD acusa o primeiro-ministro de falsear a realidade, confrontando António Costa com o facto de a economia portuguesa estar a crescer quase metade do que o Governo previu para 2016. "O país não pode levar a sério nem um primeiro-ministro, nem um Governo que falseia a realidade", afirmou o presidente social-democrata, Pedro Passos Coelho, durante o debate quinzenal com o primeiro-ministro na Assembleia da República, 14 de outubro.
Sublinhando que basta olhar para os dados de qualquer fonte credível sobre os juros que Portugal está a pagar a 10 anos para se ver que "não estão a correr bem", ao contrário do que o primeiro-ministro diz, Passos Coelho recusou a desculpa utilizada por António Costa da herança deixada pelo anterior executivo de maioria PSD/CDS-PP. "Desgraça é herdar um pedido de resgate do país como nós tivemos. Não vale a pena queixar-se muito da herança que recebeu porque foi o senhor que a quis agarrar", sublinhou.
"Quando quiser comparar situação do país e da banca entre 2011 e 2015 tenho muito prazer em fazer esse debate consigo", referiu o líder do PSD, que questionou António Costa sobre quando fará a recapitalização da Caixa Geral de Depósitos, pergunta que ficou sem resposta.
No dia da entrega da proposta do Governo de Orçamento do Estado para 2017, a intervenção do líder do PSD ficou também marcada pelas interpelações ao primeiro-ministro sobre as "modestas perspetivas de crescimento da economia portuguesa em 2016", com Passos Coelho a pedir para António Costa explicar qual tem sido "o motor de travagem da economia".
"Já depois do último debate quinzenal (…), afirmou que infelizmente talvez a economia portuguesa não cresça este ano muito mais do que 1%, talvez um bocadinho mais do que 1%, mas não muito mais do que 1%, sendo que o Governo tinha uma meta de 1,8", recordou o líder do PSD, notando que até hoje, o crescimento que pode ser medido representou 0,9%.
Passos Coelho insistiu em perguntar ao primeiro-ministro sobre "o que correu mal".
"O desemprego não é indicador avançado da economia", insistiu o líder do PSD, considerando que António Costa "não sabe responder ou não quer responder" à pergunta sobre os motivos de um menor crescimento da economia face às previsões do Governo.

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