Europa
Governo não defendeu “legado" orçamental por “razões políticas internas”
12 de Julho de 2016
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Maria Luís Albuquerque acusa o Governo de não ter defendido o "legado que recebeu" do esforço dos portugueses, em matéria de consolidação orçamental, por "razões políticas internas" e que podem vir a motivar sanções europeias. "O PSD lamenta profundamente esta decisão do Ecofin de hoje [12 de julho]. Lamenta que não tenha sido defendido eficazmente pelo Governo aquele que foi o legado que recebeu, por razões políticas internas", assinalou a antiga ministra das Finanças social-democrata em declarações no parlamento.
A vice-presidente social-democrata fez esta declaração, depois de se saber que o Conselho de Ministros das Finanças da União Europeia (Ecofin) decidiu, em Bruxelas, que Portugal e Espanha irão ser alvo de sanções. "Não faltam argumentos técnicos para defender que Portugal efetivamente não devia estar sujeito sequer a esta discussão da aplicação de sanções", advoga Maria Luís Albuquerque, que espera que o Governo seja bem-sucedido na "segunda oportunidade" de "credibilizar a sua posição junto dos parceiros europeus, junto da Comissão Europeia".
E concretizou: "O legado que o Governo recebeu não era um legado do Governo anterior, era um legado do esforço que todos os portugueses fizeram durante quatro anos e meio e que levou a um ajustamento nas contas públicas, sob qualquer critério, que está entre os maiores dos nossos parceiros da União Europeia. Lamentamos que não tenha sido passada essa mensagem".
Portugal e Espanha dispõem agora de 10 dias a contar desde terça-feira, para apresentarem os argumentos com vista a uma redução da multa, que, de acordo com as regras europeias, pode ser reduzida mesmo até zero.

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