PSD
Câmara de Caminha tem uma “postura ditatorial”
01 de Julho de 2016
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O PSD de Caminha acusa o presidente da Câmara local de ter assumido uma "postura ditatorial" nas negociações com o Ministério da Educação na sequência dos cortes nos contratos de associação com os colégios privados para o próximo ano. Em comunicado, a comissão política concelhia do PSD declara que, "mais uma vez, sem ouvir ninguém", o autarca socialista Miguel Alves e o ministro da Educação "tornam públicos factos consumados sem ouvirem e auscultarem as populações": "O PSD de Caminha repudia a forma como o presidente da Câmara está a lidar com a questão das escolas do Vale do Âncora, mostrando um total desrespeito pela sua população e revelando que a Educação é uma área que nem ele nem o ministro Tiago Brandão Rodrigues dominam".
A posição do PSD/Caminha surge na sequência do anúncio, em conferência de imprensa, pelo presidente da Câmara de criação, em Vila Praia de Âncora, do ensino secundário público após obras de adaptação na atual escola básica da freguesia orçadas em 185 mil euros. "Mais uma vez não ouviu ninguém e cozinhou, junto do ministro seu amigo, uma tentativa de sair airosamente do problema que a geringonça do governo está a causar a Vila Praia de Âncora", frisou o PSD em comunicado.
"Lamenta-se a ignorância política do doutor Miguel Alves na área da Educação. Só alguém que nunca educou nenhum filho é que pode considerar normal e um facto histórico colocar, no mesmo espaço, crianças de seis anos de idade (1º ciclo) junto de adolescentes de 17 e 18 anos (ensino secundário). Esta é uma atitude ditatorial que em nada abona a favor da Educação", defendeu o PSD.
"Uma coisa é apoiar-se o ensino público, outra coisa é querer transformar as nossas escolas em Campos de Concentração de jovens, colocando-os em massa no mesmo local sem condições para os albergar e misturando crianças pequenas com pré-adultos", acrescentou.
Relativamente ao estabelecimento de ensino privado que até agora assegurou em exclusivo esse nível de ensino, o autarca revelou no encontro com os jornalistas estarem em curso "trabalhos de articulação entre o Câmara e o Ministério da Educação, visando a instalação de um Centro Qualifica no Vale do Âncora, que poderá ficar instalado na cooperativa de ensino Ancorensis".
No entanto, especificou, "no próximo ano letivo, o Estado continuará a assegurar os contratos para o 8.º, 9.º, 11.º e 12.º anos, transferindo para a Ancorensis cerca de 900 mil euros".
Para o PSD, trata-se de "mera perseguição política à escola Ancorensis" lamentando que "a questão económica e social daquela cooperativa não seja acautelada, uma vez que as contrapropostas feitas não asseguram os 67 postos de trabalho atuais podendo, inclusivamente, e face a estes novos factos, levar ao encerramento ainda mais precoce desta instituição histórica".

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